1 de novembro de 2010

A velha história

   
       Já tornou-se hábito, divagar por entre os dias sem expectativas, sem maiores esperanças. Deixando acontecer e levando a vida como se o amanhã não existisse. Nessa correria onde ninguém é de ninguém, me perco por muitas horas, por muitos dias, por alguns anos.
     Essa louca adrenalina de viver com sorriso no rosto, muita história na mochila e aquele aperto no coração, me faz assassinar as expectativas e continuar a andar com os dois pés colados, fixados, eternizados ao chão.  Na espera daquele que realmente saiba como conquistar a pessoa alheia. Que saiba o que é ter alguém que após muito esforço e dedicação tornou-se inteiramente sua, e por assim sendo aprendeu a lhe dar o devido valor. Todo mundo está se acostumando com o amor superficial, com o amor do 'oi, te conheci ontem, mas já estou te amando, me ame também?'. O péssimo emprego da palavra amor. Será que alguém realmente sabe qual é o sentido de tal sentimento, quando e qual o momento certo de usar tal palavra? Dizer que ama e que encontrou o amor de sua vida, e após uma briguinha casual do final de semana, aparecer na semana seguinte desfilando de mãos dadas com a melhor amiga da ex tal, dizendo que a antiga foi apenas um erro de percurso. Que amor não?
     O amor não surge da noite pro dia, de uma semana pra outra, entre um oi e um tchau. Ele surge com o tempo, com a convivência, com as pequenas coisas, com as grandes conquistas. Após muitas risadas, muitas conversas, muitos carinhos e pequenos defeitos sendo admirados. Muita compreensão, admiração e  acima de tudo respeito. Ele simplesmente pode começar com o tal do 'não consigo mais ficar longe ti, to morrendo de saudades'. A partir dai se o sentimento for recíproco, tudo só tende a crescer, evoluir, se transformar e a alegria de ambos se multiplicar. Mas não é assim tão fácil, ambas as partes precisam estar dispostas a evoluir juntas, pois nem todo mundo se encontra na mesma vibe. É necessário que aos poucos, um prove ao outro que realmente vai fazer valer a pena, que está disposto a largar mão de alguns antigos hábitos para que isso seja real, que está disposto a incluir essa outra pessoa em sua vida, no seu dia a dia, em sua família. E não é exigindo, pedindo ou implorando que se vai receber algo, pois se realmente haver interesse tudo será mutuamente espontâneo. E espero que muitos entendam que amar alguém não é querer o outro como troféu pra ficar desfilando por ai, é querer essa pessoa no seu colo, do seu lado, para admira - lá independente do que os outros vão achar. Que amar alguém, não é querer apenas passar noite ao seu lado e sim tê-la a todo instante perto de si. E que quando se ama realmente, não se tem vontade de outro amor, pode sim haver o desejo por outras pessoas, mas isso não é mais que apenas desejo e se realmente há amor, tal desejo pode ser contido. E com isso, fecho meu parecer sobre o amor. Continuo assim, vivendo em busca do meu melhor, e quem sabe um dia alguém demonstre que o meu melhor junto com o dele pode se tornar em uma história muito interessante.

me.

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