23 de abril de 2013

Brincando


"Crianças" te dão trabalho, são indecisas, inconstantes e te tiram do sério. São influenciáveis, manipuláveis e aceitam o primeiro DOCE que aparece na frente. "Berram" milhões de coisas ao vento 24hrs por dia, mas nada que realmente faça sentido. Adoram brincar e ainda acham que dominam tal arte.
Nos fazem perder o tempo que não temos, com coisas fúteis, com coisas banais, quando o mesmo poderia estar sendo empregado em algo mais construtivo. Fazem chantagem emocional e usam de todas as suas artimanhas pra conseguir o que querem. Sua imaginação é fértil, extremamente bem 'adubada'.
Gostam de colecionar vários 'brinquedinhos', pois não conseguem preservar um só são todos descartáveis. Não conseguem suportar a ideia de que teriam de brincar sozinhos, se esse único brinquedo fosse quebrado. E tem mais, ainda conseguem ter ciúmes desses seus brinquedinhos favoritos, pois sabem que qualquer adulto que se preze poderia chegar e acabar com a sua brincadeira, levando seu 'brinquedinho' embora. 
Essas crianças você pode encontrar no seu dia a dia. Em diferentes tamanhos, cores, idade e fases da vida, elas estão entre nós, por ai, sempre empacando a vida de alguém. Vai depender de você saber identifica-las e se prontificar a ajudar em seu amadurecimento, ou não. No momento, lhe aconselho apenas uma coisa: " não vale a pena ".

Anne Laura Ribeiro

1 de abril de 2013

Fora do contexto


Eu? Eu escrevo a minha história. Com linhas tortas, mas frases verdadeiras. Com palavras fora do contexto, mas essenciais. Com espaços gigantescos, como se fossem suspiros de emoção. Com borrões na escrita, por causa das lágrimas, de alegria ou não. Viver é essencial, fazer as escolhas que te fazem feliz, também. Não tenha medo da mudança, se você segue o que sente, tudo vai dar certo. Viva. Da maneira como preferir, mas viva, sinta, perca a cabeça, chore, vibre, não desista, a vida pode ser muito mais linda do que você imagina.

Anne Laura :)

29 de março de 2013

Chá de palavras



As vezes, quando o tempo me permite, paro pra pensar em tudo o que me tornei, no 'mundo' em qual hoje vivo. Nunca imaginei que chegaria até aqui com os objetivos e sonhos que hoje tenho, deixando de lado os planos heroicos de quando criança. Nunca me imaginei vivendo sem "tanta gente", algumas das quais hoje, talvez nem lembrem meu nome. Já tive que deixar tantas pessoas pra trás, tantas partirem, algumas com o livre arbítrio de ir e vir, o qual pouco durava e muito machucava, tudo em prol do tal conhecimento, da tal evolução. Algumas perdas foram em si, muito dolorosas, outras acaso do destino, do tempo, da distância ou como preferir. 
Mas uma coisa é certa, nunca vou me acostumar com essa frase que alguém escreveu por ai " Todo o sofrimento, um dia lhe servirá de aprendizado". Tudo bem, eu sei que uma vida só de alegrias é apenas mais uma de nossas utopias, mas sonhar ainda não custa nada, ou custa?
Não gosto de ver as pessoas sofrendo, minhas dores até aguento, suporto, evito, tranco em uma caixinha no lugar mais fundo do meu ser sem permissão pra visitas, mas as dos outros, não consigo, é complicado, sempre me doem por inteira. Ainda é um mistério pra mim, se esse péssimo hábito que tenho de achar que posso sempre resolver tudo, vem de berço ou apenas ensinamentos errados durante a minha existência. É incrivel como acolho os problemas dos outros pra mim e as vezes sofro mais tentando resolve-los, do que eles mesmos. Me dedico, me importo, me incomodo, vejo pelo lado de fora da janela, tento me colocar no lado de dentro, perco tempo, perco a calma, falo o que nem sempre querem ouvir, ouço tudo sempre tentando não perder a razão e ouço desaforos com um sorriso no rosto, apenas pensando em como apaziguar tudo. 
Sério, não é fácil conviver com essas manias humanitárias. Quando tenho êxito em minhas tentativas, que benção! Alma lava, coração saltitante, alegria estampada. Mas quando a coisa complica, o negócio fica sério, a carroça empaca no caminho, por favor, alguém ai tem uma corda? E quando a pessoa não se ajuda então? Paciência redobrada, já que abandonar o caso é meio fora de cogitação, intolerável, um assassinato completo ao meu querido amigo ego, esquece. Então continuo, quebrando a cabeça, ouvindo, me preocupando, acolhendo, tentando, ignorando e esperando, um dia coloco todos os pingos nos is.


Anne L.