29 de novembro de 2010

E o amor?, você me pergunta.

  
         O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você. Seja gentil, convide-o para entrar.


Clarissa Corrêa

28 de novembro de 2010

Se torna essencial

             
                  Estou renovada, ainda em branco, prestes a ser escrita. Sem vazio, nem copo meio cheio. Imensa, sim, a vontade dos dias que vem, de que as coisas aconteçam.

            Simplista que é, o nada me trouxe certa paz, e muita harmonia. Descontei toda minha urgência no esvazio que era ser inteira em tudo, e de repente, eu mesma sentada com o aspecto da maior indiferença possível postado no rosto. Quem sabe, algum sorriso no canto da boca, ensaiado. Não mais no olhar o semblante arrasado, de meses atrás. Muito pouco, nada.
            O nada fez um puta favor pra mim: me apresentou uma prima distante, a nenhuma. E quando as pessoas vinham cheias de aflição e ansiedade em minha direção, era sempre as mesmas respostas quase decoradas: nenhuma novidade, nenhuma sensação, nenhuma culpa.
            Adotado o nada como meu mascote, vejo só lucro, no horizonte: não conto detalhes da minha vida, falo menos, penso muito e me exponho pouco. O nada que veio mostrou um caminho pro tudo que nem ele sabia ser possível: aqui dentro, internamente. Eu, e o tudo. Reaproximação, casamento bem sucedido. Daqueles que um quase se torna o outro. Me tornei meu tudo, e me deixei nadar no que a vida oferta, em cada oportunidade misteriosa à mim destinada.
           Não quero o nada específico, nem ninguém em especial. O que vem até nós sim, seja o tamanho que possua, é possível, é pleno. Se torna essencial.

Camila Paier

26 de novembro de 2010

Quero acreditar


Uma descrença anda entalada na minha garganta. Me arranha, dói, incomoda. Não sei se ainda posso acreditar. E eu quero, meu Deus, eu quero desesperadamente acreditar que as pessoas fazem merda e se arrependem. Quero acreditar que as coisas não morrem e que, sim, são eternas e bonitas. Ando um pouco cansada. Das pessoas. De gente que não cresce. Dos que não sabem olhar para a frente e caminhar com as próprias pernas. Às vezes meus joelhos tremem, meus pés ficam cansados, mas sigo andando. Tem gente que não consegue. Por esses não consigo ter a menor admiração.



Clarissa Corrêa
 
Prefiro que esfreguem palavras quentes como o asfalto na minha cara
Do que engulam mornas frases inteiras
Mastiguem diálogos quase gelados
Deixem o não dito invadir o peito
Até tudo virar silêncio
E acabar destruindo um sentimento bonito.

Crescimento chega lado a lado com as mudanças


Aprendi que a gente não precisa ter medo de mudar. E mais: o crescimento chega lado a lado com as mudanças. Sei que existem pessoas de coração vazio, mas prefiro não pensar nelas. Meu jeito canceriano gosta de ver a vida bonita. Gosto de perfume e dias simpáticos, prefiro o sol do que a chuva, mas consigo ver a beleza de um dia cinza. Ah, quer saber? Eu gosto é dos dias, não importa muito que cor eles tenham. Tudo está aí dentro de você, de mim, tudo é nosso. Só não me venha com conversa mole, não gosto. E mais: sentimento tem que ser duro. É verdade. Não confunda dureza com aspereza. O sentimento, pra permanecer, precisa ser duro, inquebrável, resistente. Sou apaixonada por sentimentos, bolsas, esmaltes, sapatos, cremes, estrelas, borboletas e café quentinho.

Descobri que meu jeito nunca muda. Vou ser assim sempre, vou me dar, vou tentar aprender, mas olha, no fundo eu não aprendo nada disso. Não gosto de grades no coração, deixo ele solto. Por isso, ele se perde, foge, se esconde, grita, pede ajuda, volta. Ele tem uma boca tão grande que às vezes me engole, me suga pra dentro dele. Meu coração me prende e diz daqui-você-não-sai-sua-louca. Nem sempre entendo meus gestos, me sinto confusa no meio de tanto querer. Porque, meu amigo, eu quero sempre mais da vida. E apesar da gente se enganar e derrapar tanto, estamos juntos, colados, unidos. Porque só meu coração, de fato, me entende.


C.C.

Não.

            Não segure minha mão, se você não me reerguer quando eu cair no mundo. Não me pegue em casa, se você não quiser aderir à rota inconstante da minha rotina. Não elogie meu cabelo, se você toca tantos outros por aí, e muito menos meu bom gosto ao vestir, se você não souber valorizá-lo com a devida honra.     Não ligue para saber se cheguei bem, se quando você chega em casa, recebe ligações de outras vozes femininas. Não me chame de linda, se você costuma pegar coisa pior por aí. E muito menos de querida, se você não me estimar realmente como algo a mais que amiga sua. Não construa planos, quando o que você quer é viver com seus amigos, e nem plante sonhos em meu jardim, se você não pretender regá-lo com freqüência. Não me apresente como amiga, se acordo ao teu lado em manhãs cinzentas. Não projete em mim todos os seus medos irreais, caso você não queira realmente saber das minhas fraquezas, dependências, e defeitos. Não me ofereça seu casaco, se sua intenção não for a de me aquecer toda por dentro. Não suma repentinamente, se não quiser ser riscado por completo do meu enredo. Não me convide para viajar para a praia, se você não mantém nem ao menos a promessa de me levar para jantar. Não tire meu sossego, se não é você quem irá me devolvê-lo mais tarde quando preciso, e não mostre ser o máximo, se tudo que você puder me dar de si, é o mínimo. Não adianta de nada essa sua altura, se você faz questão de jogar baixo, e nem usar o melhor perfume do mundo, se é só o cheiro e na verdade você também joga sujo. Não trague seu cigarro perto de mim, se suas verdades inventadas são todas intragáveis. Não se faça de vítima, se quem está no alvo do tiro, na verdade, sou eu. Não me coloque em pedestal nenhum, se sua pretensão não é de me alcançar e salvar a vida, qualquer dia. Não faça bater mais forte meu coração, se quando perto do enfarte, você não construir a ponte safenada capaz de me livrar da loucura e da enfermidade. Não jure amor eterno, se sua eternidade for somente até amanhã. Não me chame de princesa, se quando você for coroado rei, outra rainha for sentar-se ao seu lado. Não me dê flores, se sua vontade, assim como a das plantas, também murchar. Não abra a porta do seu carro, se você não estiver ali de pé, em frente à mim, de coração aberto. Não me mande cartas, se você nem ao menos tem interesse em saber onde eu moro. Não me furte o fôlego, se não for para continuar me beijando. Não saque minhas roupas, se você não quiser também despir meus sonhos e aspirações. Não demonstre todo um sentimento, se quando com seus amigos e família, ele não parece existe. E não seque minhas lágrimas, se algum dia você também as fizer correr pelo meu rosto. Não.

 
Camila Paier

23 de novembro de 2010

Se aceita tudo que ele faz



é porque tá no papo. Se a gente gosta de embalo, é uma roqueira doida. Se gosta de música light, é uma romântica sem graça. Se a gente usa sainha curta, também é vulgar. Se usa roupa composta, é crente. Se a gente tá branca, ele diz pra gente pegar uma corzinha. Se tá bem bronzeada, ele olha pra primeira loira que passa que, normalmente, é branca. Se a gente faz cena de ciúme, é uma neurótica. Se não faz, não sabe defender seu amor. Se adora roupas e cosméticos, é fútil. Se não gosta, é uma desleixada. Se corre atrás pra matar uma barata, não é feminista. Se corre de uma, é medrosa. Se a gente fala mais alto que ele, é uma descontrolada. Se a gente fala mais baixo, é subserviente .Se α gente se insinua, é atirada. Se fica na nossa, tá dando uma de Difícil. Se batalha por estudos e profissões, é uma ambiciosa. Se não tá nem aí pra isso, é dondoca. Se ganha menos que o homem, é pra ser sustentada. Se ganha mais que o homem, é pra jogar na cara deles. E depois dizem que mulher é que é complicada ! --'



http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=90728476

22 de novembro de 2010

Excitante, o desconhecido.


O que a gente não pode ver excita e assusta. E ambas as reações acontecem exatamente pelo mesmo motivo: o medo do desconhecido. O estranho, não sabido. Invisível. O coração, que bate tanto, ninguém vê. O suspiro, o sonho, a felicidade, o gozo, a tristeza. Tudo é invisível, tudo acontece dentro de você. Tudo você pode esconder quando achar melhor ou bem entende.


Clarissa Corrêa

18 de novembro de 2010

As vezes

 
você parece ter tanto medo, medo de se arrepender se continuar ficando mais perto e conectado a mim. E eu também me sinto assim. Mas tenho medo, medo que você vá mesmo sentindo alguma coisa, que vá apenas por medo. Então deixe nossos olhos dizerem palavras que não falaríamos, estamos tentando ser cuidadosos e palavras podem ser tão confusas.. Apenas deixe seu mundo colidir com o meu.




 (♪ Our Eyes - Teddy Geiger)

16 de novembro de 2010

Posso ter defeitos,



viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo.

autor desconhecido

15 de novembro de 2010

E assim,

.

aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a
vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem 
olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim
pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter 
ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que 
vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos
os outros, vieram ao mundo.


(Caio F. Abreu)

14 de novembro de 2010

Ela era impulsiva, Pensou ele.


Tinha dentro de si algo infantil, que a levava a olhar o mundo com olhos de deslumbre. Visivelmente, tudo lhe parecia interessante, fascinante, como quem desejava abraçar o mundo, mesmo que de uma forma confiante e ingênua. Pelas melenas rubias, as quais à iluminavam o rosto, dava para perceber o perigoso enlace que a ingenuidade, misturada à forte impulsividade lhe conferiam. Elo de bondade e o apreço do risco, a tempestade. Pelos olhos, ligeiramente puxados e pequeninos, porém intensos era visível também que carregava o brilho daqueles que se jogam, se consomem, e só depois conseguem parar para avaliar qualquer passo imprudente, os riscos e prejuízos. Imprudência. Talvez estivesse ali seu maior defeito. Ou quem sabe, sua maior qualidade...linha tênue que salva, ou afoga: mistério.



(Camila Paier)

13 de novembro de 2010

Mulher pra outra vida


Conheci a mulher da minha vida. Pra hoje não, que tô cansado demais, e minha única companhia vai ser o controle remoto, um pote de pipocas e minha mão dentro da cueca. Mas pra semana que vem, quem sabe, quando eu tiver a fim de dar umazinha e com um tédio da vida, daí vai vê ela pode servir pro momento, ou tomar alguma atitude inesperada de vadia desvairada, ou mulher independente e indiferente que a faça subir no meu conceito. Depois do sexo, é claro. 
Ela é praticamente perfeita, cara. Daí você pode estar se questionando, ou com uma puta vontade de me perguntar, por que é que eu rejeito chamadas, não respondo essas mensagens e tento ao máximo me encher de programas entre os amigos? Não, te juro que ela não é um canhão. Aliás, bem pelo contrário. Uma baita gostosa. Pernão, cintura fina, boa de sutiã, e aparentemente, boa sem também. Cabelo natural, daqueles que dá vontade de ficar cheirando e passando a mão o tempo inteiro. E uma boca graúda, miudinha, mas quando com batom me dá aquela vontade de tirar inteiro, pra desarrumar um pouquinho tanta vaidade. É gata, tô te falando. O pior: o negócio é mais complexo do que comer e largar fora, entende. Ela se dedica a me mostrar o melhor dela, e em ser especial, única. 
Ainda é inteligente. Se esforça no curso que tá terminando, trabalha e faz tudo isso sozinha, dirigindo pela cidade o carrinho pequeno e popular que os pais deram. Nunca repetiu no colégio, passou de primeira no vestibular e faz as palavras cruzadas de manhã, comendo iogurte logo depois de lamber a tampa. Não me liga a cobrar, e nem a toda hora. E brother, ela entende ainda aquelas nossas figuras de linguagem, e ironias. Faz piadas nos momento adequados, e com a dose certa de humor - nem querendo bancar a palhaça desesperadamente, e nem com o ar arrogante dos pessimistas. Corre no calçadão um dia sim e outro não, e tem um puta gosto musical. Entende de música, assim como compreende todo o resto de um mundo que eu desconhecia até então. Lava a louça depois do jantar, mija de porta fechada, e toma cerveja. Cara, ela toma cerveja! Ponto positivo, eu sei. Além de, não ser fresca para comer. Me arriscaria até mesmo a dizer que, se fosse em outra vida, ela era mesmo a mulher com quem eu envelheceria do lado, e teria netinhos, e todas aquelas pieguices que a gente quer, e no fundo nem deixa claro.
E então, aqui estou eu, te contando que me policio pra não atender esse mulherão em potencial, e me vigiando pra não encher demais a bola da musa, e sim, correr da esfinge. Seria completamente melhor estar agora do lado de uma lady, bebendo cerveja, vendo filmes de ação (que ela também adora), fazendo sexo e admirando o corpo violão que ela tem. Ela é gente fina, gostosa, engraçada e inteligente. Só tem um defeito que vale por tantas boas qualidades: gosta demais de mim. Gosta tanto que me deixa livre, e desimpedido, apenas conhecedor do sentimento que ela nutre pela minha pessoa desprezível, quiçá esperando que eu tenha um pouquinho de decência e me apaixone por ela de volta também. E não consigo, não rola. Tento, e falta algo, um quê a mais, uma loucura que ela cometa e me faça identificar os possíveis futuros sinais de felicidade, ou um sumiço que me faça se tocar: olha, até sinto sua falta. Mas não. Ela está ali, sempre quando preciso, e eu não quero ir adiante porque eu sei que o estrago será grande. E que minha mediocridade é grande demais pra todo o talento que ela tem para ser a melhor mulher do mundo. Por isso é que repasso a ficha, devolvo a carta ao baralho. Ela é mulher demais pra mim, enquanto eu sou homem de menos pra ela. E a única pessoa que não se tocou disso ainda é a musa, a bela. Quem sabe o silêncio a avise, cara. Tenho total ciência de ser mesmo um ridículo, um babaca, um idiota. Burro, eu sei. Até pra filho da puta acho que sirvo. Não sei nem ao menos gostar de quem gosta de mim, porque no momento só sei gostar mesmo é de mim mesmo, e do meu ego mal massageado. Ela que é a mulher certa, na minha hora que é sempre a errada. Espero que ela entenda, e não me odeie. Não pra sempre. Mas ó: é gostosa, hein.


[texto por: Camila Paier.] 

12 de novembro de 2010

Ao meu amado.

     Sinto sua falta. A muito não sinto seu cheiro próximo a mim. Não sinto seu gosto docê, das risadas facéis que me proporcionava e amargo, quando de meus lábios partia.
     Sinto falta do jeito que você me colocava pra cima, alegrava meu dia, minhas noites, minha vida. Quando me curava das mais terríveis tpms, daqueles dias em que o mundo ia acabar e você meu salvador, chegava com toda a paciência do mundo e me trazia de volta toda essa alegria de viver, e sim, só você sabia fazer isso da melhor forma possível. Nem que por pouco tempo, isso não tinha importância, você estava lá, me fazendo companhia e isso já me bastava. Sempre transformando aquelas poucas horas nas melhoreres ja vivenciadas por mim. Me ensinou a ver um mundo mais colorido, a deixar um pouco de lado o stress cotidiano e os problemas até então sem solução. Colocava um sorriso em meus lábios e renovava a cada instante a minha vontade de viver nesse mundo de primatas, de injustiças, de assassinatos e corrupções. Você me mostrava flores sem espinhos, os cheiros mais docês e as sensações mais agradáveis encontradas até então. E eu me rendia totalmente a você, sem resistências e verbos mal feitos.
     Mas essa falta de tempo tem me obrigado a distanciar-me de você, e cada vez mais sinto sua falta, sonho com seu cheiro, com o seu gosto e o jeito como você me fazia delirar. Meus dias corridos tem me obrigado a deixar-te de lado meu amor, mas lhe prometo, que assim que tiver um tempo, assim que meus compromissos derem uma treguá, corro ao seu encontro, onde quer que você esteja. E juntos vivenciaremos tudo novamente, todas aquelas perfeitas sensações que só nós sabemos desfrutar. Poderemos convidar também aqueles amigos especiais, que a muito não vemos. Assim colocaremos todos os assuntos em dia, daremos muitas risadas, mas muitas mesmo! E eu poderei assassinar toda essa saudade guardada em meu peito. Espero ansiosamente por esse dia, que não tardará a chegar.

com muito amor e carinho, ao meu amado José Cuervo.


Anne Laura Gomes Ribeiro
obs : Deixe sua opnião a respeito do blog, ali nos comentários ;D ;*

E só precisa de um tempo pra colocar cada coisa, no seu devido lugar.

11 de novembro de 2010

Algumas vezes


eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.





(Caio F. Abreu)

10 de novembro de 2010

claro, o dia de amanhã



cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje? É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. Se é para pular, que seja já. Porque hoje é hoje; e amanhã, amanhã ninguém sabe.


(Caio F. Abreu)

6 de novembro de 2010

5 de novembro de 2010


Suponho que me entender não é uma questão de inteligência, e sim de sentir de entrar em contato. 
Ou toca, ou não toca.


Clarisse.

4 de novembro de 2010

Tóxico


Especula-se muito sobre relacionamentos que seriam à nós tóxicos. E o poder que possuem de nos deixar mal, com baixa auto - estima, viciados e aterrorizados, alternando uma alegria extrema, com tristezas também intensas. Uma relação para mim, começa a se tornar danosa quando há algum conflito que deveria ser resolvido e não foi.
Caridosos, aceitamos sempre os erros cometidos e  até mesmo passamos a mão na cabeça, tentando se conformar inteiramente com aquilo que sabemos que não mudará. E é aí que o perigo começa. Você se apega ainda mais à tal personalidade errônea e o indivíduo apenas se acostumou, ligou o piloto automático: ele já sabe como fazer com que você ceda. E então, mesmo que briguem e peçam um tempo, você sabe que terá volta, pois esse vai e volta passa a ser o vício de vocês dois. O perigo só é visto de perto quando, choramos mais do que o usual e uma hora a dor não passa. A porteirinha do cãozinho continua aberta, e ele até mesmo sabe o caminho, mas surpresa: não retorna.
Algumas pistas do que a meu ver, é o que vai intoxicando uma ligação:

- Sinal de individualismo sendo colocado no lugar da cumplicidade ou companheirismo (primordiais a qualquer relação).
- Vocês brigam. E voltam a fazer as pazes como se nada tivesse acontecido. Passar por cima do erro não é cicatrizá-lo, tampouco curá-lo. Falta diálogo, e assim como as brigas são fortes (e freqüentes) as reviravoltas são também intensas e transitórias.

- Não há reciprocidade de sentimentos. Ou até pode haver, mas o que falta então, é demonstração de afeto. E um dos lados, o apaixonado, pena atrás daquele que se torna cada vez mais esquivo, frio e distante. É uma eterna brincadeira de gato e rato.
- A tão falada solidão à dois: uma distância que se firmar mesmo estando vocês lado a lado, ou mesmo, se tornar uma separação física. Tanto você, quanto a outra parte não sentem mais aquela centelha inicial, e vão se afastando aos poucos (sem nada fazer para impedir ou reacender a chama tão necessária).

- Submissão ou autoridade em demasia. Um quer mandar demais, enquanto o outro obedece de cabeça baixa. E com o tempo, a atitude opressor/repressor apenas se repetindo, vem o cansaço de algum dos lados. É inevitável.


- Perguntas em demasia, ciúmes excessivos, possessividade. Alguém que controla demais, e que assim, acaba tornando o que deveria ser saboroso e doce, num cárcere privado. Quando a pessoa que está sendo controlada acredita que tal atitude é "uma prova de amor", aí sim é que tudo vai mesmo por água à baixo: afinal, quem ama, dá liberdade. Seja isso ruim, ou bom. E se a outra parte também sentir amor, a volta é por livre arbítrio, por vontade própria (e não por indução). Saber dizer não é o primeiro passo para reverter o quadro.

- Traição. Quando alguém vai entender que é traído, e ainda assim, está se relacionando? Fica difícil crer em algo que conosco é perfeito, e quando ausente, se torna promíscuo. Muitas pessoas fingem não notar o adultério, para quem sabe evitar a dor, e o sentimento de rejeição - porém, esquecem que, isso apenas prolonga a dor, futuramente. Abrir os olhos não é controlar, é apenas inevitável.

- Quando o amor próprio não é suficiente. Quando viver com o outro se torna uma NECESSIDADE, e que nem sempre, pode ser suprida. Chega a se tornar patológico o sentimento do outro, como tóxicomano mesmo. E pensa-se em tirar a própria vida, em fugir para longe, ou mentir e distorcer fatos, para não "perder" o outro. É doentio, inseguro e imaturo e gera apenas pena, quando deveria ser também amor.

- Idealização em demasia. Ele pode ser perfeito, até o presente momento, mas tem que haver lucidez para saber que, hora ou outra, os defeitos serão visíveis, e virão à tona. E daí não adianta despentear e querer que tudo volte a ser como era. Aquilo que existia no começo, pode muito bem ser coisa que a sua mente arquitetou, e não algo que era real. É muito mais fácil que a realidade tenha vindo à tona agora, do que a pessoa tenha se tornado má ou incompatível de repente.

Camila Paier com varias alterações ;*

1 de novembro de 2010

A velha história

   
       Já tornou-se hábito, divagar por entre os dias sem expectativas, sem maiores esperanças. Deixando acontecer e levando a vida como se o amanhã não existisse. Nessa correria onde ninguém é de ninguém, me perco por muitas horas, por muitos dias, por alguns anos.
     Essa louca adrenalina de viver com sorriso no rosto, muita história na mochila e aquele aperto no coração, me faz assassinar as expectativas e continuar a andar com os dois pés colados, fixados, eternizados ao chão.  Na espera daquele que realmente saiba como conquistar a pessoa alheia. Que saiba o que é ter alguém que após muito esforço e dedicação tornou-se inteiramente sua, e por assim sendo aprendeu a lhe dar o devido valor. Todo mundo está se acostumando com o amor superficial, com o amor do 'oi, te conheci ontem, mas já estou te amando, me ame também?'. O péssimo emprego da palavra amor. Será que alguém realmente sabe qual é o sentido de tal sentimento, quando e qual o momento certo de usar tal palavra? Dizer que ama e que encontrou o amor de sua vida, e após uma briguinha casual do final de semana, aparecer na semana seguinte desfilando de mãos dadas com a melhor amiga da ex tal, dizendo que a antiga foi apenas um erro de percurso. Que amor não?
     O amor não surge da noite pro dia, de uma semana pra outra, entre um oi e um tchau. Ele surge com o tempo, com a convivência, com as pequenas coisas, com as grandes conquistas. Após muitas risadas, muitas conversas, muitos carinhos e pequenos defeitos sendo admirados. Muita compreensão, admiração e  acima de tudo respeito. Ele simplesmente pode começar com o tal do 'não consigo mais ficar longe ti, to morrendo de saudades'. A partir dai se o sentimento for recíproco, tudo só tende a crescer, evoluir, se transformar e a alegria de ambos se multiplicar. Mas não é assim tão fácil, ambas as partes precisam estar dispostas a evoluir juntas, pois nem todo mundo se encontra na mesma vibe. É necessário que aos poucos, um prove ao outro que realmente vai fazer valer a pena, que está disposto a largar mão de alguns antigos hábitos para que isso seja real, que está disposto a incluir essa outra pessoa em sua vida, no seu dia a dia, em sua família. E não é exigindo, pedindo ou implorando que se vai receber algo, pois se realmente haver interesse tudo será mutuamente espontâneo. E espero que muitos entendam que amar alguém não é querer o outro como troféu pra ficar desfilando por ai, é querer essa pessoa no seu colo, do seu lado, para admira - lá independente do que os outros vão achar. Que amar alguém, não é querer apenas passar noite ao seu lado e sim tê-la a todo instante perto de si. E que quando se ama realmente, não se tem vontade de outro amor, pode sim haver o desejo por outras pessoas, mas isso não é mais que apenas desejo e se realmente há amor, tal desejo pode ser contido. E com isso, fecho meu parecer sobre o amor. Continuo assim, vivendo em busca do meu melhor, e quem sabe um dia alguém demonstre que o meu melhor junto com o dele pode se tornar em uma história muito interessante.

me.