26 de novembro de 2010

Quero acreditar


Uma descrença anda entalada na minha garganta. Me arranha, dói, incomoda. Não sei se ainda posso acreditar. E eu quero, meu Deus, eu quero desesperadamente acreditar que as pessoas fazem merda e se arrependem. Quero acreditar que as coisas não morrem e que, sim, são eternas e bonitas. Ando um pouco cansada. Das pessoas. De gente que não cresce. Dos que não sabem olhar para a frente e caminhar com as próprias pernas. Às vezes meus joelhos tremem, meus pés ficam cansados, mas sigo andando. Tem gente que não consegue. Por esses não consigo ter a menor admiração.



Clarissa Corrêa

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