28 de abril de 2011

Sem direção


Já não sei mais dizer com exatidão, com aquela certeza vinda de dentro do peito o que realmente quero.
Um turbilhão de pensamentos ofuscam minha mente e a deixam praticamente na velocidade zero, constantemente em repouso. Apesar de todos esses pensamentos que me perturbam, parece que ela nunca sai do lugar, que eu nunca 'saio do chão'.

Distraída ao extremo me encontro a todo instante. Viajando dentro do meu ser a procura da resposta final, que nunca chega. Preciso urgentemente ir ao meu encontro, tirar toda e qualquer distração de minhas pálpebras e decididamente descobrir o que preciso. Só assim poderei encontrar paz e o equilíbrio necessário para seguir adiante sem tantos conflitos internos.

Anne L. Ribeiro

25 de abril de 2011

Dê valor


as coisas enquanto as possui, pois sentir saudades não é motivo o suficiente para tê-las de volta!

24 de abril de 2011

Um mar de superficialidades


Eu só preciso de algo que seja eterno e sincero. Porque beleza passa.

O físico, a disposição e a aparência com o tempo decaem. Se você não souber como manter algo eternamente lindo meu bem, você não serve pra mim. Preciso de atitudes, de gestos, de palavras, de pequenas coisas porque isso faz parte do carater e esse se você cultivar irá perdurar para sempre. São pequenas coisas que nos proporcionam sorrisos sinceros, alegrias inimaginavéis e só aumentam cada dia mais o amor.

Mas quando essas pequenas coisas deixam de existir, o amor vai se extinguindo, os sorrisos se dividindo e as alegrias aos poucos não mais existindo. E ai é que sobra apenas o físico, a disposição e a aparência, mas meu bem isso tudo é passageiro e quando o encanto for quebrado tudo pode terminar. Por isso cultive hábitos eternamente lindos dentro de você. Não queira que sua vida e seus relacionamentos sejam pra sempre um mar de superficialidades.

Anne L. Ribeiro

23 de abril de 2011

não tire isso de mim


Eu preciso desse sorriso por favor não tire isso de mim. Ele brilha juntamente com meus olhos, quando minha alma plena e saltitante se encontra. Ele entre os lábios, se enche de ardor quando meu coração por algum amor clama. Também sorri mesmo sem querer, porque seu semblante as vezes pode melhorar o dia de alguém que em pior situação possa estar. Ele alegra meu viver, irradia meu amanhecer e acalenta meu bem querer. Afugenta meus males, minhas dores, minhas decepções, minhas cicatrizes mais antigas e profundas, e tenta assim me fazer entender o quanto é simples ser feliz.

Ele tenta em dias nublados me tirar da cama, mandar a minha preguiça embora e me mostrar como um dia nublado como qualquer outro, por mais escuro que seja, pode ser aproveitado da melhor forma possível. E que dias tristes não se tornarão melhores se você se escalar ao mais novo urso a entrar em hibernação. Ou a mais nova gordinha tensa que resolveu se trancar no quarto, ligar a televisão e comer chocolate até não aguentar mais de dor de barriga, esperando que o peso na consciência chegue.

Não tire o que eu tenho de melhor em mim, não deixe que se apague do meu rosto o que traz alegria aos meus dias, aos seus dias e aos dias de outras pessoas que como nós apreciam um grande e belo sorriso para que possam ter um dia melhor.

Sorrisos precisam ser alimentados, nutridos e constantemente mantidos fora do alcance de pessoas que os façam desaparecer só pelo simples fato de existir ou de algumas outras que prometem deixa-lo vibrante e intenso, mas que simplesmente só sabem usar seus lábios e sua língua, para falarem somente silabas, porque muitas vezes nem frases conseguem compor ao certo. Nem palavras as vezes tão suplicadas, nem frases as vezes tão necessárias, são capazes de dizer. Pessoas que só sabem falar, falar e falar, mas esquecem que a essência está no ato da palavra cumprida, está nos pequenos gestos, como uma ligação de um orelhão feita por alguém que apenas queria poder sentir a respiração da pessoa do outro lado da linha, poder imaginar sua alegria em saber que alguém se importa com ela e se preocupou em lhe fazer essa surpresa ou apenas por saber que está novamente colocando um belo sorriso no rosto de quem ama. Mas infelizmente isso não é pra qualquer um, é só para aqueles que sabem ser especiais e tenham a capacidade de fazer uma pessoa viver sorrindo a toa, mas esses infelizmente são muito poucos.

Anne L. Ribeiro

22 de abril de 2011

Sobre humores ácidos


Sou boa gente. Não sei se você concorda ou se sabe disso, mas sou boa gente mesmo. É claro que sou humana, tenho pensamentos que me traem, sinto inveja e tenho preguiça. Na verdade, sou a maior pecadora. Sete pecados capitais? Pratico todos. Nunca roubei ninguém. O máximo que já fiz foi pegar umas moedinhas que meu pai deixava em cima da mesa.


Admiro muito quem tem bom humor o dia inteirinho. Não consigo, não é de mim. Uma pequena coisa se transforma em catástrofe no meu dia. Deve ser porque eu tenho expectativas demais, espero demais de mim e dos outros. E me frustro, te frustro, nos frustro. 
 
Meu humor é ácido. Sou irônica, perco a paciência e o interesse em gente que não entende ironias, afinal, não entender ironias é a coisa mais broxante que existe. Tem gente que não gosta desse meu lado. Na verdade, tem gente que não gosta de nenhum lado meu. E agora eu estou entendendo que não tenho obrigação de ser quem todo mundo espera que eu seja. Já dá trabalho ser eu mesma, imagina ser a pessoa que você quer?  
 
Não tenho o menor problema em emprestar coisas, sou aquele tipo de gente que sai dando tudo. Por favor, não pense besteira. Gostou da minha bolsa? Pega, leva. Gostou da minha pulseira? Tô tirando, toma aqui. Sou assim. Por isso, muita gente interesseira já se aproximou de mim - o que me deixou rebelde e mais ácida.



Só tenho apego ao que é "meu" emocionalmente. Pode levar minhas coisas materiais. Mas não encosta na minha família, meus amores e amigos. Viro bicho. Protejo. Defendo. Amo. E sinto muito, muito ciúme. Sou ciumenta assumida. Tenho até carteira do Clube das Ciumentas Reunidas. E não acho que isso seja sinal de insegurança ou infantilidade. Como diz minha avó "quem ama cuida". 
 
Clarissa Corrêa, com algumas alterações ;*
 

18 de abril de 2011

Pequenos gestos, algumas reflexões, um tanto de verdade.

 
Quando a gente menos espera percebe que cresceu: pequenos gestos, algumas reflexões, um tanto de verdade. É, meu camarada, encarar a verdade é para os fortes. Ando mais tolerante com os deslizes alheios, menos paciente com pessoas lerdas, muito desiludida com quem tem um dom entre os dedos e não usa.


Vejo talentos desperdiçados, gente tão inteligente e legal e que não usa nada disso. As coisas enferrujam. É difícil aceitar e encarar isso de frente, mas o tempo corre rápido e rápido e rápido e depois não adianta nada olhar para trás chupando o dedo. Meu pai sempre disse que o cavalo passa encilhado apenas uma vez: monta nele quem quer. No meu caso o cavalo demorou para chegar. Antes dele veio um burro, um bode, um jumento, um jegue. De longe eles pareciam cavalos. Quando se aproximavam eu enxergava quem realmente eram. Deve ser por isso que demorei para montar no bendito pocotó.


Uma hora a gente se supera. E volta a ser criança. Lembra daquela fase por-que-isso-por-que-aquilo? Pois então, crianças têm uma curiosidade danada pela vida. São esganados, têm fome de informação. A gente cresce e se conforma. E daí chega uma hora em que voltamos à velha infância e os questionamentos pinicam feito blusão de lã por cima da pele nua.


Muitos medos me abandonaram. No lugar deles ficou um pouco de esperança. E uma vontade absurda de entender o mundo direito. Por que tem tanta gente que pode fazer o bem e cruza os braços? Não fazer o mal não significa que você seja bom, sabia? Ser bom é praticar o bem. E o que você faz de bom para você mesmo e para o outro? Você é realmente útil para o mundo, para a humanidade? Volto a citar meu pai: desde pequena ele dizia que a gente tem que, diariamente, aprender algo novo. É isso: a gente precisa viver com sede de saber. Ter aquela gana por coisas novas. O que você faz de bom? Por favor, pare e pense.


Posso dizer que já realizei alguns sonhos bonitos. E posso afirmar que é muito duro, quase cruel, realizar um sonho. Parece maluco dizer isso, mas é verdade, dói. Dói de uma forma intensa, a gente se olha no espelho, lá no fundo do olho e pensa: e agora? O que eu faço com o sonho feito? O que mais eu vou realizar? Meu Deus do céu, sou capaz de realizar coisas! Sim, eu sou. Sim, você é. Sim, nós somos. Mas onde o mundo vai parar com tudo isso que está acontecendo? O que está havendo com as pessoas? O que querem e pretendem? O que você realmente faz para quem está ao seu lado? Onde você pretende chegar? O que deseja estar fazendo daqui a 5 anos?


Falta planejamento, falta pensamento, falta amor, falta enxergar o outro e, principalmente, falta ação. A vida não é um seriado da televisão americana onde a gente vê uma cena ridícula e ouve risos ao fundo. A vida, meu camarada, é um ponto de interrogação. Descubra qual o seu papel aqui e agora.
 
Por Clarissa Corrêa